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A vida não tira ninguém, ela afasta quem não soma

ou soma ou some

O amor é um sentimento lindo. Mas, em muitas vezes, ele infelizmente possui um prazo de validade. É necessário reconhecer quando um ponto final precisa ser tomado. O amor a dois é lindo, mas você já ouvir falar em amor próprio? É preciso, antes de tudo, pensar no seu interior, em si mesmo e em como tudo que circunda está influenciando em você, seja positiva ou negativamente.

É imprescindível saber quem está ali para ser um encosto e quem está para ser o suporte. Ao longo da caminhada da vida, alguns ladrilhos estarão soltos. Para conseguir colocá-los no devido lugar para facilitação da passagem é necessário uma mão amiga, a força da parceria e pessoas que esteja ali torcendo ao longo de sua caminhada contínua.

O lado fantástico de tudo é o quanto as ações do cotidiano – e as consequentes decisões – englobam um lado sensitivo de manter aqueles que nos fazem expressar um sorriso sincero e deixar de lado quem tanto nos magoa. Ao longo dessa caminhada percebemos o quanto o clichê do “soma ou some” faz sentido. Precisamos de soma. Precisamos de quem esteja ao lado para ser mais um e não para diminuir em zero.

Numa matemática do dia a dia, a complexidade aumenta. Contudo, a simplicidade de cada experiência denota um desafio novo ao decidir sobre quem soma, quem subtrai e quem se torna o resto, numa divisão ao saber quem deve seguir junto na caminhada e quem deve ser deixado para trás.

Do jargão “ou soma ou some”

Somar ou sumir? É necessário decidir. Quem muito presente atrapalha, deve tomar seus pertences aos ombros e buscar novos rumos. Atrasar duas pessoas é uma maldade sem tamanho. Sumir não significa um desaparecimento, mas a busca por um novo objetivo, distante de alguém que as energias verdadeiramente não se alinham.

Somar é estar presente. A companhia é uma soma, o afeto é uma adição e a parceria é mais do que necessária. Pensar na importância de pessoas ao redor que queiram bem, que almejem arrancar sorrisos do outro e que estarão ao lado sob qualquer circunstância… é a soma perfeita. O necessário para que o resultado sempre aumente numa progressão aritmética constante.

Parece uma frase clichê. Mas o clichê, em grande parte das vezes é a explanação da verdade que nos é cegada. O óbvio é evidente, mas só é visto por quem verdadeiramente almeja uma nova perspectiva. Tome a mão – a sua própria –, coloque os cotovelos sob a mesa, feche os olhos e encoste os lábios junto às mãos entrelaçadas. Pense, suspire e repita o quanto você deseja essa mudança. Pessoas do bem perto (somando), pessoas que rebaixam (sumindo).

Num pequeno exercício de repetição de uma constante, é possível perceber como inconsciente trabalha essa mensagem retumbando o significante em nossas mentes. Somos capazes de decidir o nosso destino. Nesta breve caminhada da vida; nesta curta viagem, podemos decidir quem desejamos dividir o banco ao lado.

Pensar em quem te faz bem

Não só pensar, como também valorizar. Saber quem está ali para ser muito mais do que “um a mais”. A soma extrapola a unidade, ele exige duas dezenas. A vida não tira ninguém de nós, ela apenas afasta quem não soma. A natureza da seleção natural. Quem não se adapta, deverá se extinguir.

É preciso ter à mente que um círculo precisa ser completo. Só assim para ele se transformar em uma perfeita roda que poderá contornar os desafios e seguir viagem. As pessoas que fazem bem são as que pegam em seu braço junto às demais e formam o círculo perfeito. Onde o interior é impenetrável, a barreira é segura e a união evidencia essa união fundamentada nos braços dados.

Por isso, pense naqueles que podem fazer parte dessa roda. Una-os num entrelaçar de mãos, forme seu círculo e impeça quem não soma de adentrar no interior. Um círculo mal feito emperra ao rolar. Ninguém quer uma vida travada, mas sim fluida, com ares de paz e tudo que ela quer hoje? Hoje ela só quer paz, como bem diria Projota. É o que todos querem. Sentir a calmaria e estar nas melhores parcerias que contemplem a vida ao lado.

Apenas isso.

E tão somente isso.

Texto escrito por Má Guimarães.

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